sexta-feira, 29 de julho de 2011

História de Colatina - A CHEGADA DOS IMIGRANTES


A partir de 1866, mineiros e fluminenses chegaram a Baixo Guandu, na região de Mascarenhas. Mas só a parir de 1889, que aconteceu a onda pioneira com a chegada de italianos, alemães e poloneses, por iniciativa dos primeiros povoadores fluminenses, Os Carvalho Milagres, de Cantagalo, Estado do Rio de Janeiro.
E a navegação no Rio Doce continuava, ligando Regência ao Guandu. Em 1876, italianos, alemães, suíços e poloneses, e também brasileiros, foram se instalando em lotes em Santa Teresa, rumo ao rio Doce, formando propriedades agrícolas. Em 1888, já era elevada à Vila a antiga sede do Núcleo Colonial "Senador Antonio Prado", passando esta para as margens do rio Santa Maria do Rio Doce, logo abaixo da barra do rio Mutum. Estava nascendo o povoado de Mutum, hoje Boapaba. O novo Núcleo "Antonio Prado" já estava com seus lotes demarcados pelo engenheiro Gabriel Emílio da Costa, então chefe da Comissão de Colonização.
Os primeiros italianos chegaram em 1888 no vapor "Adria"; os pioneiros da famílias Bernardina, Belei, Bertolo, Contadini, Caliari, Ferrari, Corradi, Cozzer, Ferreguetti, Germano, Leoni, Negrelli, Pauletti, Parpaiola, Perazini, Saquetti, Sian, Soela, Zanotelli, Piecker, Vargato e Werf.
Dos diversos povoados que formavam o Núcleo "Antonio Prado", um ficou mais conhecido, o "Barracão de Santa Maria" devido a facilidades de comunicação fluvial com outros povoados, de Baixo Guandu a Linhares e Regência Augusta.
Depois chegaram mais duas levas de italianos, mais uma em 1888 e uma em 1889. Em 1890, foi instalado um "barracão" para o Governo, no bairro Colatina Velha, localizado atrás da igreja de São Sebastião. Em 1892, é que começaram a ser construídas as primeiras casas da cidade de Colatina, uma delas na propriedade Dallapícola, próximo à Escola Conde de Linhares, onde se instalou o primeiro comerciante, Napoleão Bonaparte. Entre os primeiros habitantes da cidade de Colatina, estão Felizardo Gonçalves Penna, Napoleão Bonaparte, Manoel da Passagem, Nogueira, Wotkoski, Pranz Ponche, Alfredo Schneider e o austríado e padeiro, Vicente Pidner. Em 1893, Ivo Santana, Antonio Engrácio da Silva, entre outros.
Em 1894, mais imigrantes chegam para morar em barracões, nas margens do Rio Doce, mas devido a uma epidemia de impaludismo, causada por uma enchente do Rio, com muitas vítimas fatais, os sobreviventes procuraram outros Núcleos, entre eles, o "Antonio Prado", do distrito de Boapaba. Na época se instalaram os Acerbi, Arpini, bendinelli, Benedetti, Barachi, Bertoni, Bernardina, Bongiovani, Brumatti, Buscaglia, Brocco, Campanha, Capelli, Cappi, Chieppe, Cherotto, Corona, Corsini, Contadini, Corradi, Dallapícola, Delacqua, D´Isep, Dona, Fachetti, Farini, Faroni, Frechiani, Franzotti, Favoretti, Ferrari, Fidelon, Foletto, Forza, Gagno, Gabrielli, Gallo, Galletti, Galimberti, Gava, Giacomin, Gatti, Girondolli, Giuberti, Giurizatto, Gobbi, Juliatti, Lavagnoli, Linhalis, Maestri, Margotto, Mantovani, Marchesini, Marino, Martinelli, Meneghatti, Meneghelli, Mignoni, Nardi, Negrelli, Néri, Pagani, Pecorari, Perini, Pandini, Piccin, Prestini, Pretti, Quinzan, Ribon, Romano, Romagna, Rossoni, Sabaini, Serafini, Scarton, Schettini, Signorelli, Spelta, Sperandio, Torezani, Transpadini, Vago, Vitali, Zanotelli e Zanotti.
Também constam de pioneiros brasileiros José Hermann Belo, Coronel Arthur Coutinho de Alvarenga, Antonio de Souza Brito e o mineiro José Gonçalves.
O Barracão do Rio Santa Maria, em Colatina Velha, cresceu e se tornou um povoado, levantado pelos imigrantes liderados pelo engenheiro Gabriel Emílio da Costa.
O distrito de Baunilha começou quase que na mesma época do Barracão de Santa Maria, principalmente após a implantação, em 1906, da Ferrovia Vitória a Minas, tendo como pioneiros os Campostrini, Crema, Buscaglia, Coppo, Garozi, Gardano, Gaviorno, Gobetti, Mantovani, Morandi, Remo, Rossi, Romano, Stefenoni, Vago, entre outros. E ainda um grupo de poloneses e alemães.
Em 9 de dezembro de 1899, o povoado de Colatina Velha recebe o nome de Vila de Colatina, subordinado ao município de Linhares, em homenagem à dona Colatina, esposa do então presidente do Estado, Muniz Freire.
O povoamento do Vale do Rio Santa Joana, se deu por alemães e italianos. Em Itapina, na barra do Rio Lajes, ao sul do Rio Doce, os imigrantes eram alemães e italianos e brasileiros de Minas Gerais, como Osvaldo Costa e Antonio Felisberto. Em 1907 foi construída a Estação da Ferrovia mas o desenvolvimento do povoado, que se chamou "ita", se deu a partir de 1915, principalmente após a chegada do Coronel João Albuquerque, em 1919. Os pioneiros italianos foram os Binda, Castiglioni, Becalli, Pavan e Lauretti.

Nenhum comentário:

Postar um comentário