sexta-feira, 29 de julho de 2011

Pontos turisticos de Colatina - REGIÃO SERRANA DE SÃO PEDRO FRIO


Que o colatinense é conhecido como um povo caloroso e hospitaleiro todos sabem. Que o município é conhecido pelas suas altíssimas temperaturas também é bem verdade. E é calor para ninguém colocar defeito.
Mas o município também precisa ser conhecido pelo seu cantinho muito especial, de clima frio de montanha, considerado um paraíso, e o melhor, situado a poucos quilômetros da cidade. A região serrana de Colatina é São Pedro Frio, a 40 quilômetros da sede e o local ideal para quem quer respirar ar puro, fugir do calor durante o verão e também curtir um inverno muito aconchegante.
Enquanto no inverno na cidade de Colatina o clima também fica mais agradável, em torno de 25º C, em São Pedro a média é melhor ainda, em torno de 18º C, e podendo atingir uma temperatura até mais abaixo.
São muitos os atrativos, entre eles, a Serra da Cangalha, considerada o ponto mais alto com 900 metros de altitude. Muitas pedras são vistas no lugar e a mais famosa é a da "Baleia", esculpida pela natureza com formato do animal marinho, que fica numa serra na propriedade da família Mantai.
A região já é conhecida como "Suíça colatinense" e ainda tem remanescentes de mata atlântica. A vista é deslumbrante. Belas paisagens podem ser vistas em diversos pontos, principalmente quando se descortina o alvorecer e o nascer do sol, contrastando com a cerração e a vegetação formada principalmente por quaresmeiras e muitas samambaias ao longo do caminho das estradas. Há matas e cachoeiras a serem exploradas.
No lugarejo moram cerca de 160 famílias que vivem basicamente da agropecuária, e com muito calor humano e hospitalidade à espera dos visitantes .
O estresse não tem vez em São Pedro Frio. Os cenários deslumbrantes são ideais para piqueniques, acampamentos, com a família ou amigos e até mesmo para fazer retiros para meditação, tudo para se desligar do mundo em clima de muita paz e harmonia com a natureza.
Aos visitantes é aconselhável levar alimentação e água, porque o local ainda carece de uma boa infra-estrutura. Os que já conhecem e freqüentam desde criança apostam nos desenvolvimentos dos turismos rural e ecológico. Quem tem uma propriedade na região não quer vender e quem não tem quer comprar.
Os proprietários rurais locais querem construir pousadas, bares e restaurantes, áreas para pescaria, para eventos e outras opções de lazer para receber visitantes e oferecer uma opção de renda à comunidade. Há os que por terem cachoeira sem suas terras já estão melhorando a situação dos que já acampam no local e querem melhorar a estrutura para o futuro.
Juntamente com o Sebrae, e por meio das Secretarias Municipais de Desenvolvimento Rural e Desenvolvimento Econômico e Turismo, a PMC vem promovendo cursos sobre "Turismo Rural" para os agricultores de todo o município que querem fazer do turismo uma fonte de renda. Também vem informando aos proprietários rurais sobre os procedimentos para a realização de projetos, capacitação e obtenção de financiamentos.
Para chegar a São Pedro Frio o motorista deve seguir pela BR-259, no sentido Colatina-Baixo Guandu, e cerca de 800 metros depois passar pela Escola Agrotécnica Federal de Colatina e entrar à direita.
Deve seguir direto numa estrada vicinal até chegar à Vila de São João Grande e entrar à esquerda. Continuar e nos cruzamentos que surgirem pelo caminho pegar sempre à direita até chegar à Barra de São Pedro Frio. Ir direto à sede de São Pedro Frio e, caso queira ir até o ponto mais alto da comunidade, na Serra da Cangalha, deverá entrar à direita.

Pontos turisticos de Colatina - PRAÇA MUNICIPAL


A Praça foi construída na primeira administração de Justiniano de Mello e Silva Netto, inaugurada no dia 1º de janeiro de 1935, com o nome de "22 de agosto". No início do século passado, 1906, era o local da antiga estação ferroviária da Estrada de Ferro Vitória a Minas. Na década de 90 recebeu o nome atual "Belmiro Pimenta Teixeira", em homenagem ao ex-deputado federal.
Está localizada no centro da cidade próxima à Ponte Florentino Avidos e ao lado de dois patrimônios históricos, que é o prédio da Câmara Municipal e uma das escolas mais antigas do município, Aristides Freire. Abriga bancas de revista, é o ponto dos táxis e dos engraxates. Conta com um busto do presidente da República Getúlio Vargas, homenageado durante o seu primeiro governo, na década de 30.
Tem o ar bucólico que só as praças têm e devem ter. Ideal para quem quer sentar e apreciar o movimento dos carros e das pessoas, reencontrar os amigos ou namorar. Ainda guarda o ar romântico de uma cidade do interior. No final das tardes a calmaria convida até à leitura de um livro ou jornal.
Tem o seu espaço utilizado também com atividades pedagógicas, de lazer e manifestações culturais diversas. Também é um ponto de encontro dos aposentados que aproveitam para rever os amigos e sentar nos bancos, sob as árvores mais antigas da cidade, como uma da espécie ficus, um tipo de figueira que foi plantada quando foi construída a praça e é a única ainda existente em Colatina, remanescente de uma época em que elas reinavam absolutas nas praças brasileiras. Tem ainda flamboyant, palmeiras, murtas, oitis e ipês e ainda canteiros com jardins com vários tipos de flores.
Definitivamente Colatina é uma cidade onde as pessoas ainda podem freqüentar as praças. Não é uma cidade de praças vazias como as grandes cidades, devido à violência. Elas ainda podem ser freqüentadas pelas crianças e pelos adultos sem problemas.

Pontos turisticos de Colatina - ESTÁTUA DO CRISTO REDENTOR

Foi inaugurada pela Prefeitura em 1975 no bairro Cristo Redentor, hoje Bela Vista, na região central da cidade, na administração do então prefeito Paulo Stefenoni. Construída pelo arquiteto, desenhista, pintor e escultor autodidata, Antonio Francisco Moreira, foi considerada na época a segunda maior estátua do Brasil, ficando atrás apenas da do Cristo Redentor do Rio de Janeiro. Perde para a do Rio em apenas 2,5 metros.
A sua construção foi iniciada em 1974. Tem altura total de 35,5 metros, a altura da estátua é de 20 metros, o pedestal mede 15,5 metros, o comprimento das mãos tem 1,80 metro e a largura de braço a braço é de 40 metros.
Na época da construção Moreira foi chamado de "artista operário". Tinha 54 anos, nascido no município capixaba de Guaçuí, sul do Estado, e era de origem humilde. Órfão de pai desde o primeiro ano de vida, começou a trabalhar ainda menino para ajudar a família. Tinha apenas oito meses de estudos.
Esculpiu as estátuas do Cristo Redentor em Guaçuí e de Itaperuna, no estado do Rio de Janeiro, e a de São Miguel, que fica na torre da igreja católica de Guaçuí. Pintou quadros, murais e retratos de personalidades ilustres.

Pontos turisticos de Colatina - BIBLIOTECA PÚBLICA MUNICIPAL


Está situada na região central da cidade. Funciona no antigo armazém da Estação Ferroviária, da área da Estrada de Ferro Vitória a Minas, doada pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) ao município na década de 80.
Foram preservadas as características originais do armazém, que tem 48 metros de comprimento e nove metros de largura, construído no início do século passado. Foi inaugurada no dia 1º de julho de 1989, quando recebeu o nome de "João Chrisóstomo Belesa", em homenagem ao ex-presidente da CVRD.
Seu acervo é formado por cerca de 20 mil volumes, a maioria de livros de clássicos infantis, didáticos, coleções, dicionários, mas também revistas e jornais, nacionais e internacionais. Está totalmente informatizado, assim como outros serviços.
Mensalmente recebe cerca de 1.500 pessoas entre estudantes, professores, pesquisadores e leitores em geral, para pesquisas ou empréstimos de livros.
É formada por um salão de pesquisas com 16 mesas, sala de catalogação, espaço de literatura infantil e outros espaços de apoio. Tem um espaço para o projeto "Era um Vez", desenvolvido por um contador de estórias com as crianças.

Pontos turisticos de Colatina - PONTE FLORENTINO AVIDOS


Foi inaugurada em 1928, e com ela ocorreu a efetiva colonização da região Norte do Estado. Foi iniciada para a construção da Estrada de Ferro Norte do Rio Doce, de Colatina a São Mateus, que não foi concluída. Liga as regiões norte e sul da cidade e forma com a avenida Beira-Rio, o rio Doce e o pôr-do-sol o cartão postal de Colatina.

O nome é em homenagem ao governador do Estado da época, então presidente do Estado, Florentino Avidos (1924-1928). Chama a atenção pelo seu comprimento, devido à imensa largura do Rio Doce que corta toda a cidade.

ORIGEM DA PONTE FOI A FERROVIA

Lucílio da Rocha Ribeiro, em seu livro "Contribuição à História da Imigração Italiana no Município de Colatina", de 1996, fala sobre a solenidade de início dos trabalhos da construção da Ferrovia que originou a construção da Ponte Florentino Avidos, na década de 20, do século passado:
"A solenidade comemorativa do início dos trabalhos dessa ferrovia foi realizada no dia 19 de abril de 1926 e contou com as presenças de autoridades federais, estaduais e municipais, bem como dos diretores da Companhia Territorial, e representantes de todas as classes sociais. Na oportunidade, o Dr. Clóvis Cortes, engenheiro chefe dos serviços, convidou o Dr. Xenócrates Calmon para dar o primeiro golpe nas escavações do grandioso empreendimento.

Durante quase um ano, a Comissão de Serviços de Melhoramentos de Vitória, através de sua 5ª Divisão, vinha executando o projeto, construindo, sob sua administração, cerca de 100 metros de ponte e cravado todas as estacas para as fundações do encontro a ser construído na margem de Colatina.
Tendo, porém a referida Comissão recebido uma proposta vantajosa da firma Christiani & Nielsen, especialista em cimento armado, para a construção de toda a infra-estrutura da ponte, resolveu estudá-la e acabou celebrando com a mesma um contrato, em 26 de março de 1927, para a realização desse serviço.
Damos a seguir, alguns dados a respeito do aludido contrato: A extensão total da ponte será de 682 metros, aproximadamente, dividida em 26 vãos de 26,25 metros, de centro a centro de pilares. A infra-estrutura constituirá, portanto, de 25 pilares e dois encontros. Cada pilar será fundado sobre 14 estacas de cimento armado, de 18 metros de comprimento, cravado até a nega. As estacas são protegidas por um enrocamento. O pilar propriamente dito será de concreto armado e vazado, de modo a reduzir a carga obre as estacas. O encontro de margem de Colatina será sobre estacas, as quais já foram cravadas pela Comissão de Melhoramentos. O encontro da margem esquerda será fundado sobre rocha viva, existente nesse local acima do nível comum das águas.
A superestrutura será de estrado superior, de aço, e consistirá de duas vigas armadas de alma cheia. A rodovia terá uma largura de quatro (4) metros, com uma linha férrea central, e terá uma laje abaulada de concreto armado até a cota do boleto de trilho, de modo a servir também como estrada de rodagem.
A firma construtora se obriga a entregar todo o serviço (25 pilares e dois encontros prontos para receber a superestrutura metálica), em 30 de abril de 1928, pelo preço total de 1:464.000$000 (mil, quatrocentos e sessenta e quatro contos de réis).
Os serviços serão atacados da margem de Colatina para a margem oposta, de modo a permitir a 1º de outubro do corrente ano (1927) o início da montagem da superestrutura, cuja concorrência administrativa para fornecimento será dentro de dias.
Destarte, a montagem será terminada após a conclusão da infra-estrutura, devendo a ponte ser franqueada ao trânsito ainda dentro deste período governamental.
O prazo para o início dos serviços da infra-estrutura será de 30 dias contados da data da assinatura do contrato".
Na ocasião foi esclarecido ainda que a firma Christiani & Nielsen foi a mesma que construiu o Edifício do Banco de Londres da América do Sul, nesta Capital, e que se tratava de empresa especialista em concreto armado, universalmente conhecida e idônea.
Poucos meses depois, em 22 de setembro desse mesmo ano de 1927, o presidente do Estado, seguiu com destino a Colatina, em automóvel de linha, seguido pelo Dr. Ceciliano Abel de Almeida, superintendente da Estrada de Ferro Vitória a Minas, que também seguiu viagem, juntamente com o Dr. Aristeu Aguiar, secretário da presidência, Drs. Moacyr e Sílvio Ávidos, engenheiro Clóvis Cortes e outros membros da comitiva.
Em Colatina, o presidente Florentino Avidos almoçou na aprazível residência do Dr. Xenócrates Calmon, presidente do Congresso Legislativo. Em seguida, visitou as obras da grande ponte sobre o Rio Doce, encontrando 5 pilares já construídos, 4 fora d´água e mais 5 em promissor e firme andamento.
Visitou também os trabalhos da Estrada de Ferro Norte do Rio Doce, constatando a existência de 4 quilômetros de preparação da linha e 2 de leito já concluídos.
Na oportunidade, ainda inaugurou o vapor Juparanã destinado a intensificar a navegação fluvial, viajando nessa embarcação de Colatina a Barbados, sendo-lhe oferecido a bordo pelo Dr. Xenócrates e Virgínio Calmon um substancioso 'lunch'.
Encontravam-se também a bordo os membros da comitiva presidencial e algumas pessoas da sociedade colatinense.
Ali, visitou as obras da Estrada de Ferro Santa Cruz a Barbados, a cargo do engenheiro J. Leite, verificando que 5 quilômetros de leito dessa ferrovia já se encontravam preparados.
Às 16horas, S. Excia. e comitiva saíram de Barbados, chegando à estação de São Carlos à noite".
Lucílio Ribeiro também fala que "essa estrada de ferro, visitada pelo Presidente Avidos, em Barbados, acabou malogrando. Igualmente malogrou a Estrada de Ferro Norte do Rio Doce, com exceção da ponte, que foi inaugurada em 28 de junho de 1928".

SOLENIDADES DA INAUGURAÇÃO DA PONTE

Sobre as solenidades de inauguração da ponte, Lucílio fala que em 28 de junho de 1928, um dia após a inauguração das pontes ligando a ilha de Vitória ao continente, o presidente Florentino Avidos inaugurou também a ponte sobre o rio Doce em Colatina.

"Nesse dia, S. Excia. partiu do Palácio do Governo, em automóvel, acompanhado de sua comitiva, a fim de inaugurar a estrada de rodagem, de Santa Tereza a Colatina e, depois, a grande ponte sobre o Rio Doce, nesta última cidade.
A respeito dessa inauguração, o Diário da Manhã", desta capital, em sua edição de 1º de julho de 1928, publicou uma extensa reportagem, com riqueza de informações, que transcrevemos na íntegra:
"Em nossa notícia de ontem já demos uma idéia do que foram as festas com que Colatina soberbamente celebrou a inauguração da sua ponte sobre o Rio Doce e o trecho da estrada de rodagem que a liga a Santa Tereza, pondo-a assim em fácil e rápida comunicação com esta capital.
Daqui partiram em automóvel, no dia 28, às 7h30, o Exmo. Sr. Presidente Florentino Avidos, o ministro Heitor de Souza, representante do Sr. Presidente da República, e sua Exma. Sra., Dr. Aristeu Aguiar, o prefeito Otávio índio e Exma. Sra., deputados federais e muitas outras pessoas gradas e Exmas. Sras., séqüito que só parou em Santa Tereza às 10:30h para servir-se de um lauto 'lunch' oferecido pelo Governo Municipal, representado pelo seu presidente o Sr. Orlando Bonfim e outras pessoas distintas da localidade, cuja sincera hospitalidade já era conhecida pelos excursionistas.
Pouco depois, pôs-se em movimento a brilhante comitiva, e no alto da serra de Santa Tereza sobre um artístico arco, lia-se este dístico: "Estrada de Canaã- Salve Presidente Avidos", e um laço de fita atravessando toda a estrada.
Ali o brilhante orador Orlando Bonfim, em rápido improviso, solicitou do presidente que a nova rodovia se chamasse CANAÃ, em homenagem ao autor desse livro genuinamente nacional, inspirado pela deslumbrante vista que dali se descortinava sobre o imenso vale, que se ostentava e perdia de vista aos olhos maravilhados dos espectadores.
O Sr. Presidente consentiu na proposta e ficou assim batizada a estrada por onde seguiu o distinto séqüito, que após três horas de viagem atingiu Colatina, sendo recebido pelas principais personalidades locais e por uma imensa multidão, que aclamou delirantemente os recém-chegados".

O ENGENHEIRO CONSTRUTOR DA PONTE OSCAR MACHADO DA COSTA

O engenheiro construtor da ponte Florentino Avidos, Oscar Machado da Costa, faleceu no dia 1º de novembro de 1963, na cidade do Rio de janeiro, e sua morte foi anunciada pelo Jornal do Brasil:
"Morreu aos 69 anos de idade na Casa de Saúde São Sebastião, onde se encontrava internado há alguns dias, o engenheiro Oscar Machado da Costa, considerado o maior especialista brasileiro na construção de pontes, e que ultimamente estava empenhado na projeção e execução de cinco viadutos entre os quais se destaca o que será o mais alto da América Latina, com 132 metros corresponde a um edifício de mais de 40 andares.
Autor do livro "Vigas Armadas' e de várias monografias técnicas, o Dr. Oscar Machado da Costa, como fiscal do Brasil nas obras da ponte internacional Brasil-Argentina, entre Uruguaiana e Paso de Los Libres descobriu que a parte brasileira estava sendo construída errada (não se encontraria com a da Argentina) e não só a consertou como ainda conseguiu a etapa do Brasil antes da Argentina.

ELE INVENTOU O DINOSSAURO

Nascido em Lambari, Minas Gerais, em 8 de julho de 1894, Oscar Machado da Costa, formou-se na Universidade de Cornell (EUA), na turma de 1916. Destacam-se entre os seus projetos a ponte sobre o rio Paraná, em 1920, a ponte sobre o Rio Doce em Colatina, no Espírito Santo, quando inventou o aparelho e que denominou "Dinossauro", para lançamentos de vôos metálicos hoje amplamente usado.
Foi designado pelo Clube de Engenharia para proceder a vistoria técnica e aprovar a ponte Hercílio Luz, em Florianópolis, que é a maior do Brasil. Dedicou-se ao estudo e à execução de reforço de pontes metálicas e ferroviárias sem interrupção de tráfego, ou seja, montava a nova ponte ao lado da antiga, que depois era inutilizada.
Ele possuía a Ordem do Mérito Militar e era membro da American Society of Civil Engeneer, nos Estados Unidos, da Academia de Ciência de Nova Yorque e da Sociedade de Engenheiros Civis da França. Era casado com Amália e tinha três filhas: Lídia, Amália e Luzia".

Hino da cidade de Colatina - ES


HINO
Letra por Walfredo Rubim
Melodia por Walfredo Rubim

''Saudade, Colatina eu terei
Saudade, do teu povo tão gentil
Saudade deste solo que pisei
Recordarei, o teu céu cor de anil
Teus bairros, sentinelas a velar
Teus rios mansamente a deslizar
Teus morros em oração
Eu sinto assim grande emoção
Avante, linda Princesa
És bem febril
Tu és, toda grandeza
És bem sutil
Tu és Brasil
Desperta, ó mocidade
Vê a pujança deste berço
Não hesites um só instante
Esteja sempre vigilante
Mostra tua cidade
A todos visitantes
E verás assim seu dever cumprido
E serás feliz o teu povo garrido
Se eu partir pra não mais voltar
Te levarei Colatina no meu coração
Não cansarei de sempre te exaltar
Assim eu viverei em comunhão''

Pontos turisticos de Colatina - CATEDRAL DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS


A partir da Lei 5.246, sancionada em 25 de outubro de 2006, a Catedral Sagrado Coração de Jesus, antiga igreja matriz, tornou-se o mais novo patrimônio histórico municipal, uma área de preservação histórica, artística e cultural. De acordo com a lei, nada poderá ser alterado em um raio de 50 metros da Catedral. Estão proibidas obras que venham a obstruir a visão do templo em todo o perímetro urbano de Colatina.
Padre Geraldo Meyers foi o responsável pela construção da então igreja matriz, cuja pedra fundamental foi lançada em 1952, na administração do prefeito Justiniano de Mello e Silva Netto. Passou a ser denominada Catedral no final da década de 80 quando o Papa João Paulo II criou a Diocese de Colatina.
O engenheiro responsável pela planta da matriz foi Calixto Benedito, o mesmo que projetou o Santuário de Aparecida, em São Paulo, e o construtor foi Ludovico Dalla Bernardina. Com a saída de padre Geraldo veio para vigário da Paróquia o Cônego Maurício de Mattos Pereira, quando faltavam apenas alguns acabamentos internos. A parte principal com vitrais, sinos, relógio e reboco já estava pronta.
Os três sinos existentes foram feitos em São Paulo pela Fundição Artística Paulistana (Sinos de Bronze-Ângeli). O maior pesa uma tonelada, o médio tem quinhentos quilos e o menor 200 quilos. As janelas da torre da igreja onde está o relógio, que também veio de São Paulo, medem 7m x 11m.
São duas torres. É na torre maior, de 47 metros de altura, que está assentado o relógio de quatro faces, com nove metros quadrados e números em algarismos romanos e controlado por um sistema de pesos automáticos. As horas podem ser conferidas pelos colatinenses à longa distância. A torre menor da matriz, situada à direita, é toda coberta de cobre e tem sobre ela uma escultura de um galo, e foi feita por um especialista de São Paulo.

As telhas que cobrem o restante da igreja vieram do município paulista de São Caetano. Na frente da capela há dois emblemas, um da Alemanha, e outra da Áustria, colocados por indicação do padre Geraldo, por ele ser natural da Alemanha, e por ter sido um austríaco quem colocou os vitrais. As paredes são feitas com enormes vitrais coloridos com motivos religiosos e passagens bíblicas trazidos da Europa pelo padre Geraldo.

Pontos turisticos de Colatina


PÔR-DO-SOL

O Pôr- do-Sol de Colatina foi classificado na década de 60 pela revista americana "Time", como um dos mais bonitos do mundo. É o símbolo da terra quente, não só pelo calor das altas temperaturas, mas pelo calor humano, pela hospitalidade do seu povo.

Nas tardes quentes do verão, ou mesmo nas outras estações com muito sol e calor, surgem no horizonte em torno do sol poente as cores amareladas, avermelhadas, azuladas, lilases e de muitos outros tons que fazem o maior espetáculo da cidade, emoldurando a paisagem com a silhueta dos pescadores nas canoas que singram as águas do Rio Doce.
Paisagem que faz parte do espetáculo admirado no entardecer pelos caminhantes da Avenida-Rio, simbolizando o quente coração colatinense, harmonizando a generosidade da natureza e a presença do homem.

História de Colatina- DONA COLATINA


Dona Colatina era paulista, nascida a 24 de novembro de 1864. Era filha de Sebastião José Rodrigues de Azevedo e de dona Colatina Soares de Azevedo, filha do capitão Joaquim Celestino de Abreu Soares, Barão de Paranapanema, e de sua primeira esposa dona Joaquina Angélica de Oliveira, descendente do cavaleiro fidalgo da casa de el-rei de Portugal, D. João III, que foi Antonio de Oliveira, 1º Feitor da Fazenda Real da Capitania de São Vicente, por mercê real de 1537, loco-tenente do donatário Martim Afonso de Souza.
Era uma bela jovem e já solteira dominava os idiomas alemão, francês e italiano. Também aprendeu música com um dos maestros mais famosos da época, Girondon, e participou cantando de muitos saraus nos palácios em São Paulo, na administração do então governador (presidente do Estado) Florêncio de Abreu.
O casamento aconteceu em 28 de janeiro de 1882, com José de Melo Carvalho Muniz Freire, que participou da política capixaba tão intensamente que acabou tornando-se presidente do Estado por duas vezes, de 1892 a 1896 e de 1900 a 1904. Tiveram 10 filhos: Izilda, José de Mello Carvalho Muniz Freire Filho, Alarico, Átila, Genserico, Olga, Dora, Ragadázio, Manoel e Ilma.
Foi homenageada com o nome à Vila de Colatina, a 9 de dezembro de 1899, pelo desembargador Afonso Cláudio. Em discurso, ele disse: "Esta homenagem à paulista, certamente, tornará próspera a futura cidade".
UMA MEDALHINHA DE SORTE
A revista do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo (IHGES), de 1961 e 1963, em homenagem ao centenário de aniversário de Muniz Freire, publicou uma história sobre ele e Dona Colatina. É um discurso, no IHGES, de José Paulino Alves:
"Dona Colatina, sua virtuosa consorte, mulher de progênie ilustre, de boa cepa, vinda de São Paulo, era católica... Não muito apegada ao culto; mas católica, sobretudo, por tradição de família.
Na vida dela, sempre escorreita, e já, agora, enobrecida, na vivência conjugal, não haveria jamais passado, quente e maléfico, influxo da descrença. Vida sempre adornada de virtudes, desde os tempos de colégio, nunca sofreram o assédio da dúvida, que atormenta. Católica; educada no temor de Deus, que, como é das letras sagradas, se insinua feito princípio da sabedoria, (initium sapientiae, timor domini) - Dona Colatina, vez nenhuma tivera hesitações... Carola não! Nada de apego à má parte, aos excessos de devoção; mas, em tudo, muito equilíbrio, como grande mulher paulistana que o era.
Possível fora que jamais sofresse as crises interiores, - crer ou deixar de crer _ nesse estado de inquietação possível, que maltrataram sempre, com uma ou outra das alternativas... Às vezes, a cultura ocorre, como processo desagregador. E dói, dói muito... Ma era católica. Católica, desde o berço. Era católica, e católica continuava a ser... Havia um dia, no ano em que não deixava de ir à igreja: adoração do Santíssimo (Quinta-feira Santa).
Dona Colatina tinha uma medalhinha da Virgem, medalhinha toda de ouro maciço, presente da avozinha dela. Quando o Dr. Muniz Freire viajava, fazia questão que levasse consigo essa peça de metal, intrínseca e extrínsecamente preciosa, para o proteger. O Dr. Muniz Freire sempre dizia que sim. Assentia, sempre a sorrir. E, quando voltava das viagens, que, quase sempre, eram de curta duração, não deixava de dar benevolente grado à fortuna; graças à fé, aquela fé, afervorada e bela, sempre o céu se lhe mostraram propício.E, como era nobre, corretíssimo, na maneira de agradecer à espôsa tanta ternura e tantos cuidados!
Duma feita, porém, saiu com o Dr. Inácio F. de Oliveira, para inspeção às obras da Estrada de Ferro Sul do Espírito Santo, fulgurante iniciativa do seu governo. Esquecera-se de pedir a medalhinha... Já quando se encontrava no Cais do Imperador, para tomar o barco que o devia transportar ao continente, eis que lhe vem à lembrança... E a medalhinha? Mas Dona Colatina não houvera esquecido: trazia-a consigo. Entregou-lhe. E, beijando-a com enternecido afeto, o Dr. Muniz Freire modalizou a voz na inflexão necessária à ênfase do que dizia:
- És santa, Colatina! Santa Colatina, sem dúvida!
Era assim o Dr. Muniz Freire; homem que a natureza singularizou de dons; era assim à Littré: culto, nobre, delicado..."
CARTA DO FILHO RAGADÁZIO SOBRE A HISTÓRIA DA MEDALHINHA DE DONA COLATINA
Ainda segundo a revista do IHGES, "o filho de Dona Colatina e Muniz Freire, Ragadázio, escreve uma carta ao Dr. José Paulino Alves. Ele faz várias observações sobre o conteúdo do discurso, entre elas, a do episódio da medalha: (1º, 2º ...)
3º - Quanto "ao episódio", por si narrado, da medalhinha da Virgem, era por mim desconhecida, o mesmo acontecendo com todos os meus irmãos, que por mim consultados, igualmente, o ignoravam.
Desejaria saber a fonte em que se inspirou a sua narração.
4º - dia em que, anualmente, minha mãe comparecia {à Igreja, era o dia 19 de março, porque nele praticava uma tríplice homenagem: a) ao padroeiro do dia; b) ao marido, cujo nome era José; c) à memória de seu pai por haver este falecido a 19 de março de a882. Devo acrescentar que no fim da vida, não perdia a Missa aos domingos;
5º - A minha avó, tinha o nome de Colatina. Ela é que, todas as quintas-feiras, ir à igreja "guardar o santíssimo, não tendo ,entretanto, por obrigatório o seu comparecimento aos domingos."
Entretanto, em Post scriptum, acrescenta: "A minha irmã Dora disse ter conhecimento do episódio da medalha, por a ter ouvido".

Economia

 O maior produto agrícola de Colatina é o café conilon. Destaca-se também a fruticultura e a produção hortigranjeira . Além da força econômica da agricultura , o município tem ainda atuação marcante na indústria e comércio , que geram milhares de empregos . Há destaque para o pólo de confecções de roupas , que conta com mais de 500 empresas (97% micros e pequenas ), que oferecem milhares de empregos diretos e indiretos . Colatina dita moda não só no Brasil, mas também em vários países .
A indústria moveleira , com 150 empresas , caracterizada pela confecção artesanal de móveis , é conhecida nacionalmente . Completa este ciclo econômico , o comércio , que representa referência no Norte do Estado .
O município conta com uma boa estrutura de incentivos fiscais para atrair novos investimentos e possibilitar a expansão dos já existentes. Colatina está incluída na área de abrangência da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), o que representa vantagens aos empreendedores que instalam ou já administram no município suas empresas .
Há também a facilidade do escoamento da produção , devido a facilidade da ligação com as principais vias federais rodoviárias , ferroviária e portuária . Possui também seu aeroporto , com uma pista de 1,3 mil metros de extensão , preparado para vôos noturnos.

História de Colatina - A VILA DE COLATINA, EMANCIPAÇÃO E A REVOLTA DO XANDOCA


As florestas do Norte do Rio Doce continuavam despovoadas. A Vila de Colatina continuou crescendo. Tinha a sua padaria, sua escola, com a professora Andrelina Pereira, e o comércio prosperava. A Vila ganhava cada vez mais importância, principalmente a partir de 20 de dezembro de 1906 quando a Estrada de Ferro Diamantina, hoje Vitória a Minas, inaugurou a estação, e foi iniciada a comunicação direta com Vitória. A crescente vida econômica de Colatina abalou Linhares, tanto administrativa, quanto politicamente. Todo o comércio de grande parte de Minas Gerais e do Espírito Santo, que era feito em Linhares, passou a ser feito em Colatina.
E aí é que surge um movimento em favor de Colatina, liderado pelo Coronel Alexandre Calmon, "o Professor Xandoca", que fez com que Colatina passasse a ser a sede do município, transportando todos os arquivos para Colatina. Em 1907, Colatina torna-se, legalmente, a sede do município, que anteriormente era Linhares. Colatina continuava como Vila, com a Câmara Municipal de Linhares e a sede da Comarca com todo o aparelhamento judiciário.
Linhares continuava a ser a sede do município e da Comarca, apenas nominalmente. Toda a sua administração concentrava-se em Colatina. Com a Revolta do Professor Xandoca, parentes dele passaram a morar em Colatina, exercendo liderança política, como Virgínio Calmon Ferreira Fernandes, que foi o primeiro prefeito do município, em 1921, Xenócrates Calmon de Aguiar e Augusto Pedrinha Du Pin Calmon, pai do ex-senador colatinense João de Medeiros Calmon.
A 30 de dezembro de 1921 foi criado o município de Colatina, separado de Linhares, com território que compreendia toda a área então pertencente ao município de Linhares. Linhares acabava de perder sua categoria de sede municipal, passando a ser Vila subordinada a Colatina. Só em 1945 é que Linhares foi desmembrado de Colatina.
Mesmo o dia 30 de dezembro sendo o verdadeiro dia do aniversário de emancipação política do município de Colatina, as comemorações do aniversário do município acontecem no dia 22 de agosto, dia do aniversário de Linhares.


História de Colatina - A CHEGADA DOS IMIGRANTES


A partir de 1866, mineiros e fluminenses chegaram a Baixo Guandu, na região de Mascarenhas. Mas só a parir de 1889, que aconteceu a onda pioneira com a chegada de italianos, alemães e poloneses, por iniciativa dos primeiros povoadores fluminenses, Os Carvalho Milagres, de Cantagalo, Estado do Rio de Janeiro.
E a navegação no Rio Doce continuava, ligando Regência ao Guandu. Em 1876, italianos, alemães, suíços e poloneses, e também brasileiros, foram se instalando em lotes em Santa Teresa, rumo ao rio Doce, formando propriedades agrícolas. Em 1888, já era elevada à Vila a antiga sede do Núcleo Colonial "Senador Antonio Prado", passando esta para as margens do rio Santa Maria do Rio Doce, logo abaixo da barra do rio Mutum. Estava nascendo o povoado de Mutum, hoje Boapaba. O novo Núcleo "Antonio Prado" já estava com seus lotes demarcados pelo engenheiro Gabriel Emílio da Costa, então chefe da Comissão de Colonização.
Os primeiros italianos chegaram em 1888 no vapor "Adria"; os pioneiros da famílias Bernardina, Belei, Bertolo, Contadini, Caliari, Ferrari, Corradi, Cozzer, Ferreguetti, Germano, Leoni, Negrelli, Pauletti, Parpaiola, Perazini, Saquetti, Sian, Soela, Zanotelli, Piecker, Vargato e Werf.
Dos diversos povoados que formavam o Núcleo "Antonio Prado", um ficou mais conhecido, o "Barracão de Santa Maria" devido a facilidades de comunicação fluvial com outros povoados, de Baixo Guandu a Linhares e Regência Augusta.
Depois chegaram mais duas levas de italianos, mais uma em 1888 e uma em 1889. Em 1890, foi instalado um "barracão" para o Governo, no bairro Colatina Velha, localizado atrás da igreja de São Sebastião. Em 1892, é que começaram a ser construídas as primeiras casas da cidade de Colatina, uma delas na propriedade Dallapícola, próximo à Escola Conde de Linhares, onde se instalou o primeiro comerciante, Napoleão Bonaparte. Entre os primeiros habitantes da cidade de Colatina, estão Felizardo Gonçalves Penna, Napoleão Bonaparte, Manoel da Passagem, Nogueira, Wotkoski, Pranz Ponche, Alfredo Schneider e o austríado e padeiro, Vicente Pidner. Em 1893, Ivo Santana, Antonio Engrácio da Silva, entre outros.
Em 1894, mais imigrantes chegam para morar em barracões, nas margens do Rio Doce, mas devido a uma epidemia de impaludismo, causada por uma enchente do Rio, com muitas vítimas fatais, os sobreviventes procuraram outros Núcleos, entre eles, o "Antonio Prado", do distrito de Boapaba. Na época se instalaram os Acerbi, Arpini, bendinelli, Benedetti, Barachi, Bertoni, Bernardina, Bongiovani, Brumatti, Buscaglia, Brocco, Campanha, Capelli, Cappi, Chieppe, Cherotto, Corona, Corsini, Contadini, Corradi, Dallapícola, Delacqua, D´Isep, Dona, Fachetti, Farini, Faroni, Frechiani, Franzotti, Favoretti, Ferrari, Fidelon, Foletto, Forza, Gagno, Gabrielli, Gallo, Galletti, Galimberti, Gava, Giacomin, Gatti, Girondolli, Giuberti, Giurizatto, Gobbi, Juliatti, Lavagnoli, Linhalis, Maestri, Margotto, Mantovani, Marchesini, Marino, Martinelli, Meneghatti, Meneghelli, Mignoni, Nardi, Negrelli, Néri, Pagani, Pecorari, Perini, Pandini, Piccin, Prestini, Pretti, Quinzan, Ribon, Romano, Romagna, Rossoni, Sabaini, Serafini, Scarton, Schettini, Signorelli, Spelta, Sperandio, Torezani, Transpadini, Vago, Vitali, Zanotelli e Zanotti.
Também constam de pioneiros brasileiros José Hermann Belo, Coronel Arthur Coutinho de Alvarenga, Antonio de Souza Brito e o mineiro José Gonçalves.
O Barracão do Rio Santa Maria, em Colatina Velha, cresceu e se tornou um povoado, levantado pelos imigrantes liderados pelo engenheiro Gabriel Emílio da Costa.
O distrito de Baunilha começou quase que na mesma época do Barracão de Santa Maria, principalmente após a implantação, em 1906, da Ferrovia Vitória a Minas, tendo como pioneiros os Campostrini, Crema, Buscaglia, Coppo, Garozi, Gardano, Gaviorno, Gobetti, Mantovani, Morandi, Remo, Rossi, Romano, Stefenoni, Vago, entre outros. E ainda um grupo de poloneses e alemães.
Em 9 de dezembro de 1899, o povoado de Colatina Velha recebe o nome de Vila de Colatina, subordinado ao município de Linhares, em homenagem à dona Colatina, esposa do então presidente do Estado, Muniz Freire.
O povoamento do Vale do Rio Santa Joana, se deu por alemães e italianos. Em Itapina, na barra do Rio Lajes, ao sul do Rio Doce, os imigrantes eram alemães e italianos e brasileiros de Minas Gerais, como Osvaldo Costa e Antonio Felisberto. Em 1907 foi construída a Estação da Ferrovia mas o desenvolvimento do povoado, que se chamou "ita", se deu a partir de 1915, principalmente após a chegada do Coronel João Albuquerque, em 1919. Os pioneiros italianos foram os Binda, Castiglioni, Becalli, Pavan e Lauretti.

História de Colatina - TENTATIVA DE COLONIZAÇÃO


Linhares e toda a região do vale do Rio Doce, em território capixaba, estavam ainda subordinadas, politicamente, ao município de Reis Magos, hoje Nova Almeida (município da Serra). Somente em 17 de março de 1827 foi concedida a Linhares uma área de terra para a constituição de seu patrimônio.
A 2 de abril de 1833, O Conselho da Província elevava a Freguesia de Linhares à categoria de Vila. Em 22 de agosto de 1833, foi empossada a Câmara Municipal de Linhares perante a de Reis Magos, realizando então sua primeira sessão. Data daí o início da vida político-administrativa de Linhares - município que abrangia extensa área do Baixo Rio Doce, até às divisas com Minas Gerais, penetrando ao norte até ao município de São Mateus. O atual território do município de Colatina, portanto, estava totalmente incluído nessa área.
Em 1832 começou a navegação no Rio Doce, com os vapores. Com a intensificação do movimento comercial pelo Rio Doce, entre Regência Augusta e o Porto do Souza, e estímulos oficiais, com maior povoamento nos extremos da linha, o interesse pela colonização da região intermediária surgiu alguns anos depois: a região onde se plantaria a futura cidade de Colatina seria palco da primeira tentativa de colonização organizada.
Em 1857, o engenheiro Nicolau Rodrigues dos Santos França Leite demarcou uma extensa área entre as barras dos rios São João e Pancas, dividindo-a em lotes nos quais instalaria colonos estrangeiros. Chamou sua colônia de Francilvânia _ nome que alguns chamavam Transilvânia e que acreditam ser a origem do atual bairro São Silvano, de Colatina, que fica do lado Norte da cidade. Trouxe no mesmo ano, portugueses, franceses e alemães para morar na colônia para trabalhar na agricultura. Mas as dificuldades com a região, o enfrentamento com os índios, as doenças tropicais e o clima não fizeram durar a colônia mais que três anos. As propriedades foram destruídas e as famílias massacradas pelos índios. E aí foi adiado o povoamento na região. Mas acredita-se que algum remanescente da colônia sobreviveu.
Entre 1861 e 1865, houve nova tentativa de colonização das terras em Baixo Guandu, que como Colatina também pertencia a Linhares. Cerca de 400 colonos norte-americanos, fugindo da Guerra da Secessão de seu país, foram instalados, mas não ficaram por muito tempo, pois também não se adaptaram à região. E o território continuava sem povoamento, à espera de uma onde pioneira.

História de Colatina - BOTOCUDOS FORAM OS PRIMEIROS HABITANTES DA REGIÃO



Os índios Botocudos dominavam a extensa área de floresta do Rio Doce até São Mateus, no Norte do Estado, além de uma parte de Minas Gerais. Viviam em guerra com todos os seus vizinhos, inclusive com os da região de São Mateus, os Malalis, Cumanachos, Maconis, Machacalis, Panhames, Capuchos e Pataxós. Após três séculos da primeira entrada no rio Doce, ocorrida por volta de 1572, sob a chefia de Sebastião Fernandes Tourinho, rumo a Minas Gerais, ainda os Botocudos dominavam a região.

A denominação Botocudos foi dada aos Crenaques, Nac-nuc, Minia-jirunas, Gutcraques, Nac-requés, Pancas, Manhangiréns, Incutcrás, entre outros, pelos brancos, que observaram neles o uso característico do batoque ou botoque no lábio inferior ou nos lóbulos das orelhas. O batoque era uma rodela de madeira branca, geralmente de paineira ou barriguda, medindo até 12 centímetros de diâmetro, que depois de seca ao fogo, era introduzida por uma espécie de botão no lábio inferior e nos lóbulos das orelhas. Já por volta de sete a oito anos de idade, o pequeno índio começa a usar o batoque, que ia sendo trocado conforme o indiozinho ia crescendo.
Eles começaram a desaparecer a partir de 1921, com o rápido desenvolvimento de Colatina e a sua emancipação política do município de Linhares, ao qual pertencia, e a onda de povoamento da Região Norte, a partir da construção da Ponte Florentino Avidos, em 1928.